sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Inquérito nas Escolas e através delas

Hoje, esperei, sem sucesso, receber uma credencial da Direcção Provincial de Educação e Cultura de Sofala para submeter o inquérito nalgumas escolas nos arredores da cidade da Beira.

Preferi submeter o inquérito nas escolas a submeté-lo nas casas dos residentes da Manga pelos motivos seguintes:

  1. Sinto que existe um estado de desconfiança nas pessoas que vivem na Manga; sinto que, apesar da catarse, emprestando a ideia de Carlos Serra, o problema que as pessoas viam em "Boss Candinho" (e na polícia ou em todos que o protegem) ainda não foi resolvido. Portanto, andar de casa em casa, com papéis e esferográfica, a registar informações referentes aos residentes poderia agravar mais esse estado de desconfiança;
  2. Devido à existência de residentes que não sabem ler nem escrever, nem sempre eles poderiam ter a liberdade de preencher o inquérito individualmente. Também, nada lhes garantiria que os autores das informações não fossem identificáveis;
  3. Os obstáculos possíveis acima poderão ser ultrapassados se eu, com uma credencial, apresentar a minha vontade às direcções das escolas; e,
  4. Tenho a impressão de que as escolas são tidas pelos habitantes da Manga como o lugar de caça de crianças preferido por "Boss Candinho".

A amostra é constituida por 3 escolas. Delas, duas são primárias e uma é secundária; uma das escolas primárias localiza-se a cerca de 500 metros da casa de "Boss Candinho" espoliada, enquanto que a outra é aquela de que se diz terem sido raptadas 3 crianças; a escola secundária, por sua vez, encontra-se distante dessas referências.

Os grupos-alvo são os alunos (crianças, filhos), os professores (adultos, educadores, possivelmente pais) e os pais/encarregados de educação (adultos, educadores).

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